Hoje vou contar um causo, que nunca contei pra ninguém.
Numa noite eu voltando, distraído, caminhando, voltando de uma balada, de repente ouvi um som, mas sempre no mesmo tom.
Parei para escutar, para depois continuar, a minha volta pra casa. Fiquei parado escutando, mas o som também parou. Continuei a caminhar, o som voltou a tocar.
Parei de novo a escutar, o som voltou a parar. Fiquei muito intrigado. Que mistério era esse? Aumentou meu interesse, de desvendar tal mistério. Pois perto do cemitério, eu já estava chegando.
Ainda bem que eu não tinha nenhuma superstição. Parei, e observando, avistei bem lá no fundo, atrás de uma sepultura, algo se movimentando.
Medroso eu também não era, pois sempre fui uma fera, em termos de valentia. Mas gente, naquele dia... Ou melhor, naquela noite, demonstrei foi covardia. Aquilo bem lá no fundo, já estava em minha frente. E tinha apenas um dente, parecendo uma serpente. Eu me assustei do que vi.
Saí correndo dali. E aquilo sempre junto. Eu corri, e corri muito. Até que cheguei em casa, e como que por encanto, aquele monstro sumiu.
Felizmente ninguém viu. Entrei em casa tranquilo. Mas nunca esqueci daquilo, que até hoje, por vergonha, escondi dentro da fronha, das lembranças que me vem.
Mas hoje eu resolvi, contar a todos aqui, o causo que eu escondi, e
NUNCA CONTEI PRA NINGUÉM.