Ele a amava muito, mas raciocinava pouco. Por isso ele nem sabia, que aquilo não era amor. Mas ele dizia que era. Mas era sim, coisa de louco.
O amor, que ele tinha por ela, era um amor doente. Ele não vivia sem ela, não respirava sem ela. Era um amor sufocante. Era um amor dependente. Ela fazia o que podia, para que ele entendesse, que eles não poderiam, viver um amor como esse.
Ela sim, o amava muito, e o amava de verdade. Mas aquele amor doente, estava estragando tudo.
Ele jamais permitia, que ela saísse sozinha. Um dia ela foi atender, um chamado da vizinha. Mas ele deu falta dela, e saiu desatinado. Numa crise de ciumes, que não o deixou refletir, ficando desesperado.
Ela voltou da vizinha, cantarolando feliz, por ter ajudado a mesma a fazer um curativo. Mas o marido infeliz, não controlando o ciume, que dizia que era amor, se tornou muito agressivo. Com palavras desmedidas, numa ameaça incontida, partiu para cima dela, que ao querer se defender, sem outra alternativa, começou logo a correr.
Quando ao atravessar a rua, um carro a atropelou. Mas ela nem percebeu. Morreu na hora, e agora?
Ela queria ajudar, o seu parceiro infeliz. Mas agora não podia, estava do outro lado. E ele aqui desolado, sem saber o que fazer.
Quanto mais, dela lembrava, mais dizia que a amava. Minuto a minuto a chamava, e cada vez mais aflito, não dando trégua pra ela, seguir em paz no infinito.
Passou dias, passou meses. Se acalmava, até, às vezes. Pois de lá ela ajudava, procurando ampará-lo. Mas nem sempre ela podia, pois tinha limitações. Mas continuava ali, exercendo o seu amor. Esse sim era verdadeiro, pois sequer seguiu em frente a sua jornada feliz, a qual ela tinha direito.
Um dia foi orientada, por um nobre benfeitor, do mundo espiritual, o qual informava que ela, agora já deveria, dar curso à sua jornada. Sua alma merecia, seguir um outro caminho. Sem no entanto deixar, de à distância amparar, o seu companheiro da terra.
Ela então aceitou, e o seu caminho tomou. Também muito trabalhou, em benefício de outros, que também necessitavam, de amor incondicional, pra curar suas feridas, causadas por desatinos, que eles também praticavam, em nome de um amor, equivocado na vida.
Depois que ela se afastou, do marido que ficou, ele passou a refletir.
Teleguiado por ela, buscou ajuda, progrediu... Até que um belo dia... ele também partiu.
Ao reencontrar-se com ela, no mundo espiritual, ele já tinha aprendido, a respeito do amor. Como a lei do amor funciona.
Que O VERDADEIRO AMOR, LIBERTA, NÃO APRISIONA.