Um poeta amigo meu,
disse-me que a inspiração
vem do nada, de repente.
E hoje eu pude comprovar.
Pois ela me veio do nada.
Mas de forma equivocada.

Ela me disse pra escrever,
que eu amava uma pessoa.
Mas essa pessoa eu amo.
Amo e dela não reclamo.
Eu a amo como amigo.
Como amigo, como irmão.

Mas olha o que a inspiração queria:
Que eu escrevesse que a amo,
não como irmão, mas com paixão.
Mas isso eu não posso não.
Pois já sou comprometido.
E não estou arrependido.

Acho que essa inspiração
não sabe, e nem se toca,
que eu não sou nenhum boboca.
Sou é muito equilibrado.
Distingo o certo do errado.

Inspiração dessa forma,
que tu vieste eu não quero.
E vê se tu te comportas.
Não me vem de forma torta.
Inspiração assim não preciso.
Pois tenho muito juízo.

Se quiseres me inspirar,
teu jeito tens que mudar.
E não adianta insistir.
Pois nada vais conseguir.
Pois viste que eu resisti.
Achaste ser fácil assim?
Bem feito, ganhei de ti.
ESTÁ UM A ZERO PRA MIM