UMA VISÃO RACIONAL SOBRE A MORTE
A morte não é abandono, é vida em outro plano, numa outra dimensão. É momento de reflexão, pra quem fica e pra quem parte, conforme o entendimento, do fenômeno chamado morte, ou seja, a desencarnação.
Representa a convalescença de que sai de um hospital, e para sua casa vai para a recuperação. Jesus nos disse um dia: Há muitas moradas na casa de do Pai. Vou para vos preparar um lugar. Portanto, a alma de quem partiu, volta ao mundo dos espíritos, o seu verdadeiro lar. Vai restabelecer a saúde no mundo espiritual.
A vida aqui na terra, é uma etapa passageira, necessária e fundamental, ao progresso espiritual, do espírito imortal. Que ora se encontra encarnado em um corpo material.
É uma espécie de prisão, e também penitenciária, hospital, educandário, para o seu aprendizado. É um misto de tudo isso. Mas nem todos tem ciência disso.
Independente de crença, a alma (espírito) se liberta. Mas uma coisa é certa, segue o seu aprendizado no mundo espiritual. Reencontra quem lhe antecedeu, e que já um pouco mais aprendeu.
Nada contra aos que pensam, de maneira diferente. Muitos acreditam piamente, que a alma lá fica calma, inerte, adormecida, aguardando o Juízo Final, numa eterna e única vida, no mesmo corpo carnal. O que hoje a ciência terrena, demonstra ser impossível. Porque o corpo carnal, já se encontra apodrecido, com seus elementos dispersos, pela decomposição, espalhados no universo, e já servindo certamente, na formação de novos corpos.
O espírito reencarna, diversas e infinitas vezes, porém em um novo corpo. Até se aperfeiçoar, culminando por alcançar um mundo celeste e Divino. É bem claro esse raciocínio.
Mas afinal o que é, o dito Juízo final? Isso deve ser repensado, de uma forma racional. Numa interpretação bem lógica, não é nenhum tribunal, a julgar o ser imortal. É a nossa própria consciência, a julgar as próprias obras. Se obrou no bem ou no mal. Mas o referido julgamento, já deve começar agora, na nossa existência atual . Como propõe Santo Agostinho. Fazer o que ele fazia, ao final de cada dia, quando viveu na terra. Analisar, refletir, conhecer-se a si mesmo. Se fez todo o bem que podia, ou o mal que não queria. Mas ele propõe muito mais. É uma lição que comove. Está em o Livro dos Espíritos, (Questão 919). Uma lição reflexiva, que de forma conclusiva, todo aquele que a ler, e se bem compreender, com certeza vai mudar, o seu modo de viver. Leia quem quiser ler. E com certeza vai mudar, o seu modo de viver. Também conseguintemente, o seu modo de morrer.
O corpo para de funcionar, mas o espírito se liberta e volta ao mundo espiritual. Foi de lá que nós viemos. E pra lá todos voltaremos.
Lá todos nós seguiremos o devido aprendizado, até com uma visão bem mais ampla do que se fez e o que não fez. É feita uma avaliação, do que terá de fazer, lá e em outra vida. Traçando uma nova meta, para nova encarnação, talvez bem menos sofrida. Entendendo melhor a vida.
Ao entes queridos saudosos, que na terra permanecem, é permitido chorar, é a coisa mais natural. Mas deve ser evitado, o desespero demasiado, a revolta contra Deus. Ele nunca desampara, a nenhum dos filhos seus. Nem lá, nem aqui na terra, Deus não erra. Sua sabedoria é infinita. Chorar demasiadamente, causa dor e sofrimento, ao ente que já partiu. E que precisa no momento, antes de mais nada, é de boas vibrações, de orações. De vibrações amorosas. Pra que possa seguir em paz, a sua nova jornada. Assim estará bem amparado, e com certeza em paz. E em paz também todos nós.
Que bom, compreender enfim, que a morte não é o fim.
Nathalicio
Enviado por Nathalicio em 27/04/2017