Ontem fui ao Supermercado e minha esposa recomendou: Não esquece da Qboa. Pois sempre esqueço de algo. Desta vez fui repetindo mentalmente: Qboa, Qboa, Qboa, Qboa..., mas tropecei numa pedra, e disse mentalmente: Que droga! Que droga! Que droga! Resultado: Cheguei no Supermercado, comprei tudo que precisava, até o que não era preciso. Mas esqueci da Qboa.
Cheguei em casa tranquilo, abracei minha patroa. Ajudei guardar as compras. No final ela perguntou: cadê a minha Qboa? Fiquei muito envergonhado, sem saber o que dizer. Então só me restou dizer: desculpe, minha patroa! Mas a culpa não foi minha. A culpa foi daquela pedra. Ela perguntou, que pedra? Eu disse, deixa pra lá. Vou voltar correndo lá, pra comprar tua Qboa. Agora não vou esquecer, pois é só o que vou comprar. Ela disse-me, querido, não precisas te cansar. Não vou te dar uma bronca. Outra hora você compra. Eu sei, isso é coisa da idade. Eu disse, então está bem, ok. Mas não precisava me chamar de velho. Não digas isso de novo. Pois velho eu sei que sou. Mas sou um velho bem novo.
Abraçamo-nos sorrindo. Pois temos a mesma idade. Ela também é uma idosa bem nova, e até vaidosa. Faz parte da terceira idade, mas sempre evitando sentir, um excesso de vaidade.
MORAL DA HISTÓRIA
Esquecer das coisas, faz parte da velhice, que mal há nisto? Porque existe papel e caneta? É só fazer uma lista? E agora ainda é mais facil, é só anotar no celular.
Também não devemos pensar, que o culpado é sempre o outro, quando na verdade a culpa é nossa. Nem culparmos as coisas, neste caso, a pedra.
E também aceitarmos a velhice, como um ciclo natural. Entendendo de uma vez, que nem todos chegam à velhice, com sua total lucidez.